Sabem aquela sensação de encanto após virar um jogo? Pois então, morri de amores e de encanto por Child Of Light, jogo o qual acabei zerei tem um certo tempo. Vou apresentar minha visão do jogo, minhas impressões e tudo mais, pois ele é merecedor da galáxia inteira!
Lançado 30 de abril de 2014 pela Ubisoft Montreal, Child Of Light é um RPG que muitos consideram seu 2D muito inspirado no Final Fantasy 6. Comprei o meu pela plataforma da Steam (na época estava custando R$35,00, hoje está por R$ 29,99), mas ele pode ser jogado também no PS 3, PS 4, Xbox 360, Xbox One e Wii U (mas né, vamos fortalecer a “cultura PC Games”). No jogo somos apresentados a Aurora e sua história, onde ela desperta num mundo desconhecido e que parece um “faz de conta” após aparentemente ela ter morrido. A moral é ajudar esta menina a retornar para a sua casa, mas no meio do caminho há uma pedra, uma pedra há no meio do caminho: é preciso enfrentar criaturas sombrias e acabar com a raça da Rainha da Noite, esta ~~trevosa insolente~~ que apenas roubou o Sol, a Lua e as Estrelas (quase nada).
Esclarecendo um pouco mais de onde se passa, vamos navegar para meados de 1895 que é quando nasce a filha de um importantíssimo duque na Áustria: Aurora, uma garota doce dos cabelos cor de fogo. Logo no começo da trama temos a morte de sua mãe e seu pai precisa cuidar dela sozinho. Mas, como toda bela e tradicional história de conto de fadas, o coração do duque é tolinho e deixa-se ser enganado por se apaixonar por uma nova mulher. Nem tudo são flores no reino e na sexta-feira de Páscoa nossa pequena Aurora morre. Sim, todos sofremos. Eu sofri com esse jogo do começo ao fim. #todoschora Não tem como não se envolver!
Ok, foi apenas um susto e não precisamos sair correndo para as colinas (por enquanto). Depois desse episódio, Aurora acorda em um mundo diferente do seu, mágico, onde nele vivem seres poderosos e sombrios: estamos em um continente chamado Lemuria. E é aí que você entra, caro gamer, pois nossa pequenina do cabelo cor de fogo precisa descobrir uma forma de retornar ao seu lar doce lar e encarar a Rainha da Noite (aquela danada que roubou o Sol, a Lua e as Estrelas, como mencionei inicialmente). Uma certeza que você pode ter é que nessa jornada Aurora não está sozinha enfrentando todos os perigos possíveis que podem vir a surgir no seu caminho, pois receberá ajuda de alguns aliados enquanto a história vai se revelando.
Gente, eu fiquei arrepiada não somente pela sua jogabilidade ou por escrever e falar sobre o jogo, pois a sua história é incrivelmente encantadora e espetacular. Ai, mas é bobo, é pastelão da sessão da tarde, é o mais do mesmo de tantos outros games que já vi e joguei. É, e daí? Child Of Light tem um relevância em seu enredo assim como toda a sua imersão envolvente que vai te pegar de surpresa enquanto tu tá ali só chupando um drops. São muitas descobertas, tanto cenário novo que se torna uma aventura sem fim, conhecendo pontos de Lemuria com histórias, peculiaridades e povos diferentes, todos estes que tiveram uma má influência daquela ~~trevosa insolente~~.
O jogo tem em português (é o que joguei), com uma tradução excelente. Alguns momentos você ouve uma narradora contando a história, como se alguém sentasse com você na cama e fosse ler um livro para o sono vir. Em outros momentos, são balões de diálogos entre todos os personagens desse mundo mágico, onde falam com muita rima e todo um tom poético, e incrivelmente isso te prende no enredo.
Com certeza vocês não querem que eu entregue a história inteira, não é mesmo? Então vamos falar dessa obra de arte gráfica que o jogo carrega. Zero modelagens 3D: Child of Light possui um gráfico que é único, parecendo uma pintura em tela aquarelada. Desde efeitos de partículas (água, fogo…), eventos climáticos, até os cenários como um todo são feitos com tamanha perfeição que dão leveza e graça para os nossos olhos de tanta beleza.
As batalhas que encontramos durante o jogo são ao estilo dos primeiros Final Fantasy, por turnos. Podem ser rápidas assim como também podem demorar um tantinho (o que alguns momentos cansa um pouquinho). São duelos imprevisíveis (quando tu menos espera aparece um monstro como se fosse um “ataque surpresa”) ou algum inimigo que você vê no caminho e com isso é possível escolher se quer ou não entrar na batalha contra ele (exceto os chefões e monstrinhos que venham a influenciar na história). São combates bastante dinâmicos, onde você pode atrapalhar o tempo de chegar a vez do inimigo atacar, pode curar os seus aliados, recuperar seus próprios HP e MP.
Não vou mentir para vocês: estou escrevendo o post e ouvindo toda a soundtrack do jogo (onde uma de suas canções foi composta e produzida pela fofa da Cœur de pirate), pois ela é SENSACIONAL! 100% imersivas, as músicas presentes no jogo fazem com que você se sinta no lugar da nossa protagonista, assim como sentir as emoções dela, sejam medos, aflições, felicidade, descobertas. É uma trilha fiel ao sentimento de cada personagem e ao enredo como um todo. Como sou legal, tô compartilhando aqui a trilha completa do jogo, se você quiser já começar a se envolver nele.
Considerado um conto de fadas interativo, Child Of Light é uma obra de arte em forma de jogo (do gráfico até a trilha sonora). É um jogo simples, fácil e que te prende na história. Pra mim, este é um dos melhores jogos que 2014 nos apresentou, valeu cada centavo e cada hora jogada (e jogarei novamente, sem dúvida alguma). E não escondo o fato de ser chorona nata: me emocionei no fim do jogo e você também irá se emocionar. De uma pequenina criança que tu perdera e sobrara sua doce pureza, nasce um história grandiosa e de tamanha riqueza. (: