Archaeogaming e Preservação de Jogos

Olá pessoal! Fiquei bastante tempo “sumida” das minhas postagens por aqui e agora, aos poucos, pretendo ir retomando as trocas de ideias e reflexões que atravassam os meus interesses de pesquisa. Afinal, os últimos anos foram um tanto que turbulentos em diversos âmbitos da minha vida — mas seguimos.

Para essa retomada, resolvi resgatar o episódio do podcast Regras do Jogo sobre “Archaeogaming e Preservação de Jogos”, o qual tive a honra de participar desse papo com o Fernando e o Anderson. Como ainda não havia registrado por aqui, acho bem bacana deixar marcada aqui essa participação e também servir como mais um canal de acesso para esse assunto que tanto me instiga, especialmente por nunca se esgotar. Um debate (que segue sendo) necessário em meio ao desenvolvimento de jogos.

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Fairchild Channel F: a era dos cartuchos

Anúncio do Telejogo para o Natal de 1977. Fonte: Propagandas Históricas.

A década de 1970, sem dúvida, foi a primeira década da história desta indústria: o desenvolvimento de alguns dos primeiros videogames, tanto para versões de arcade (principalmente) quanto para consoles domésticos. Chamada como a primeira geração de consoles (entre 1972 e 1980), trouxe Magnavox OdysseyTelstarHome Pong e Color TV-Game — e aqui no Brasil a versão da família Pong, o Telejogo Philco-Ford(comercializado em 1977). É importante destacar que nesta primeira leva, os jogos eram componentes nativos dos consoles, ou seja, vinham embutidos no dispositivo (não havia mídia externa ou removível). Porém, muitas vezes esquecemos de observar com atenção a trajetória dos consoles de videogames, e alguns deles passam despercebidos.

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Arqueologia das mídias, archaeogaming e preservação de jogos digitais

No dia 11 de setembro, a convite do professor Dr. Emmanoel Ferreira (UFF/GameClube), juntamente com o professor Dr. Roberto Lopes (UFPA) e eu participamos em mais uma série do GameClube ao Vivo, transmitida pelo YouTube (clica aqui para assistir!). Promovida pelo GameClube da UFF (@gameclubeuff), na conversa foram abordadas questões da arqueologia das mídias, preservação de jogos, iniciativas para conservação e acesso à história dos jogos, entre outros.

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Imagem: Reprodução/GameClube.
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Entre escavações e telecinese: Atari Mindlink

Comumente vemos em meio a produtos da cultura pop algum personagem com o poder de mover coisas com a mente. Quem nunca, quando criança, tentou ficar fixamente olhando para um objeto para ver se o mesmo se movia? No fundo, é um poder que muitos adorariam ter [ao menos eu acharia o máximo — o cúmulo do comodismo]. E se fosse possível jogar videogame onde os movimentos do jogo se desse a partir desse controle? Na década de 80 [quase] chegamos próximo dessa ideia com o Atari.

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Família, amigos e coca-cola: a nostalgia e o retrogaming no discurso e no resgate do Intellivision — o eterno retorno

Dia desses apareceu no meu feed do Twitter uma postagem falando do lançamento de um “novo” console da Intellivision. Imediatamente fui atrás de informações e tais encontros me fizeram refletir sobre resgatar memórias a partir do lançamento de um console com uma nova roupagem. Isso aciona automaticamente um agir arqueológico que habita em mim, pois a arqueologia das mídias nos permite produzir essa visada arqueológica nos materiais, bem como um pensar arqueologicamente.

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Old School RuneScape: um resgate às suas próprias origens

Dia desses no intervalo de almoço, percebi que um colega meu na agência onde trabalho estava jogando alguma coisa em sua máquina. Perguntei para ele o que era: era Old SchoolRuneScape. Pedi então para que ele me falasse mais sobre o jogo, pois eu desconhecia e mesmo assim me chamou a atenção por me remeter ao que estou pesquisando na dissertação (ou ao contemplar uma característica que me atrai na minha pesquisa).

RuneScape 2 / RuneScape Classic
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Archaeogaming: a methodological proposal for the studies of and in digital games

Expanded summary submitted to the II Student Seminar on Communication in the Graduate Studies Program in Communication Sciences of Unisinos, by Camila de Ávila. Translation by Rodrigo B. Mattos.

Source: https://testeagle.wordpress.com/2010/12/30/expert-in-archaeology/

It is interesting to think about the videogame as a cultural object: in the same way that culture is / creates the videogame, it is / creates culture as well. The videogame presence in our contemporary technoculture is an indisputable fact and deserves to be studied archaeologically. As Fischer (2015) brings with Huhtamo and Parikka, the media archaeology “searches textual, visual, and sound files; as well as collections of artefacts, emphasising both the discursive and material manifestations of culture “(HUHTAMO, PARIKKA, apud FISCHER, 2015, p.185). However, while media archaeology perceives the game as a physical artefact (manuals, cartridges, records) exploring its use history (personal, commercial level), archaeogaming literally interprets games as archeological sites, built environments, landscapes and artefacts. That is, it is not very different from anywhere in the world outside the game that has been manipulated, transformed or controlled by people from both the past and the present.

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