Libertação, fuga e companheirismo: Thomas Was Alone

Minimalista, puzzle, bom design de níveis, pureza e amizade. Thomas Was Alone é um jogo indie simples que consegue aflorar nossas relações nos deixando envolver-se pela sua excelente e impecável escrita e narração (feita pelo ator Danny Wallace). Assim como no game To The Moon, aqui a essência e o diferencial é na sua história, junto com a capacidade que ela tem de prender o jogador. No começo eu encarava ele como um jogo de passatempo, mas foi me ganhando que chegou o ponto que eu não sosseguei enquanto não virava ele. Foi uma ótima companhia dentre minhas horas.

Aqui temos a I.A. Thomas, que é representado por um retângulo vermelho e saiu de controle, tendo como missão evitar ser deletado com a ajuda de outras I.As. Como esperado, nosso amigo começa o jogo solitário. Ao longo do seu trajeto, novas formas começam a surgir e ele passa a se juntar com elas. Essas formas lhe proporcionam um novo olhar para o seu mundo, são quadriláteros assim como Thomas, porém cada um com sua maneira de saltar únicas (Chris, Claire, John ou James, são alguns dos nomes de seus novos companheiros).

100% interativo com suas falas, textos e narrações, esse é um jogo que te desafia em toda sua mecânica sendo exigente, porém nada decepcionante. Nossa realidade e nossos conceitos são bastante espelhados por entre os gráficos do jogo: tem o quadrado ranzinza que não consegue saltar mais que Thomas; o quadrado lento que se sente excluído, mas descobre sua capacidade de flutuar na água e ai passa a se considerar um herói no dever de auxiliar os outros; e o fino retângulo que possui um segredo e se sente usado/descartável por servir de trampolim para os demais saltarem mais e irem mais longe. Cada personagem com sua função e peculiaridade são combinados ao longo de cada fase, sendo essenciais para conseguir chegar até um portal.

Mas você deve estar pensando que pode ser um jogo chato por ser um puzzle, certo? Eu gosto de puzzles, mas esse é um jogo que posso garantir: você não vai sair aborrecido, chateado ou achar repetitivo. Mike Bithell consegue nos mostrar um jogo minimalista, encantador e bonito, além de uma ótima trilha feita por David Housden. Uma experiência singular. (:

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